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CESP lança Plano das Águas para conscientizar a população sobre operação da usina durante o período

Iniciativa faz parte das ações da empresa para orientar as comunidades sobre a operação da UHE Porto Primavera com a chegada do período de chuvas

28/11/2023 às 14h15
Por: Redação Fonte: Renata Prandini - Infomuts
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A Companhia Energética de São Paulo (CESP) iniciou a campanha de conscientização sobre a operação da UHE Engenheiro Sérgio Motta (Porto Primavera) no rio Paraná durante o chamado ‘período úmido’, iniciado em novembro e que se estende até abril de 2024. O Plano das Águas 2023/2024 visa informar sobre o funcionamento do sistema interligado nacional de produção de energia, controle da vazão defluente da usina e segurança da barragem, assim como as estratégias para cuidado com os peixes nesse intervalo. A campanha também busca orientar e sensibilizar a população sobre a ocupação das Áreas de Preservação Permanente (APP) às margens do rio, locais sujeitos a inundações no decorrer desses meses.

“A CESP está engajada em atuar de forma cada vez mais próxima à população, sempre pautada pela transparência e responsabilidade. Sabemos da importância das nossas operações para as comunidades no entorno da UHE Porto Primavera. Por isso, iniciamos esta campanha de conscientização, visando levar, de forma ágil e assertiva, as informações sobre as nossas atividades operacionais”, destaca Luís Alexandre Catussi Paschoalotto, gerente executivo de Geração da CESP.

Serão duas frentes de atuação simultâneas durante a campanha: interlocução com as Defesas Civis dos municípios e comunicação com a população. Esta última será feita, principalmente, por meio do canal Diálogo Aberto pelo WhatsApp, com a divulgação periódica de informativos, o Boletim das Águas, que trarão previsões sobre a vazão defluente (água liberada pela usina) praticada e uma projeção para os dias seguintes, segundo determinações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão que coordena a rede de geradores de energia em todo o país.

Operações da UHE Porto Primavera

Atualmente, as operações da UHE Porto Primavera seguem dentro da normalidade, sem ocorrência de vertimento e dentro dos limites operacionais normais para a usina. De acordo com Paschoalotto, a vazão defluente praticada pela usina em períodos úmidos é influenciada pelo volume de chuvas e pelo escoamento da água por toda a bacia, entre outros fatores que impactam na afluência (água que chega) do reservatório. “É importante lembrar que somos a penúltima usina no trecho brasileiro do rio Paraná e, por isso, recebemos a água de todas as hidrelétricas que estão localizadas acima no próprio rio Paraná e dos demais rios que contribuem para a formação do rio Paraná. Além disso, nosso reservatório opera em uma modalidade que chamamos de fio d’água, o que significa que ele não tem capacidade para acumular um volume significativo e, por isso, o que chega de água precisa sair seja através das unidades geradoras de energia elétrica, seja pelos vertedouros de forma controlada e segura quando em excesso, sendo assim, caso a operação não fosse feita dessa forma, a água poderia superar a estrutura da barragem”, exemplifica o gerente.

Por conta da complexidade dessa operação, a coordenação das diversas usinas existentes no Brasil e a definição das vazões defluentes praticadas por cada empreendimento são feitas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Os diálogos com o ONS são constantes e levam em consideração, além da demanda por energia elétrica no país e o vertimento de outras usinas na cascata, também os possíveis impactos que essas ações terão nas comunidades.

“Nós estamos sensíveis a essas questões e existe uma preocupação conjunta para amenizar possíveis efeitos. No começo deste ano, por exemplo, chegamos a operar com uma vazão defluente de cerca de 14 mil m³/s devido ao grande volume de chuvas registradas no período. Se não houvesse todas as usinas no rio Paraná, a vazão natural deste rio seria de 18 mil m³/s, o que demonstra a capacidade que o conjunto de hidrelétricas da cascata possui de atenuar os picos de cheias”, destaca Paschoalotto.

Vale ressaltar que no caso específico das regiões que ficam abaixo (a jusante) da UHE Porto Primavera, ainda há a influência direta das usinas existentes no rio Paranapanema (no qual a Companhia não possui operações), que também colaboram para elevação do nível do rio Paraná em municípios do Mato Grosso do Sul e Paraná.